LEITO
FIXO
O leito de partículas (leito fixo) é utilizado no escoamento
de fluidos. Em muitas operações industriais a fase fluida escoa através de uma
fase sólida particulada (fase sólida estacionária). As também chamadas colunas
empacotadas são usadas para reações com catalisadores, adsorção de um soluto,
absorção, leito de filtração, etc.
Um leito fixo tem como objetivo, principalmente, promover o
contato íntimo entre as fases envolvidas no processo, sendo elas: fase fluida
gasosa e/ou líquida com a fase estacionária/partículas ou entre diferentes
fases fluidas.
Em um leito fixo o fluido passa através de um leito de partículas,
em baixas velocidades, apenas passando através dos espaços vazios existentes
entre as partículas estacionárias.
O material de empacotamento pode ser: esferas, partículas
irregulares, cilindros, diversos tipos de materiais disponíveis para comercialização.
Podemos citar algumas aplicações de Leitos Fixos de
Partículas:
·
Processos de adsorção;
·
Processos de absorção de gases;
·
Coluna de destilação com recheio;
·
Extração líquido-líquido;
·
Leitos de reação catalítica;
·
Filtros de resina de troca iônica.
Figura 1: Desenho esquemático do funcionamento de um leito
fixo.
LEITO FLUIDIZADO
Considera-se fluidização ou
leito fluidizado a condição na qual as partículas estão completamente suspensas
na forma de um fluido mais denso, apresentando um comportamento equivalente a
de um fluido.
A suspensão das partículas
ocorre quando há alta vazão, ao ponto em que as forças de fricção entre
as partículas e o fluido contrabalançam o peso das partículas.
A eficiência na utilização de um leito fluidizado depende em
primeiro lugar do conhecimento da velocidade mínima de fluidização. Abaixo
desta velocidade o leito não fluidiza; e muito acima dela, os sólidos são
carregados para fora do leito.
Geralmente, leitos fluidizados industriais se caracterizam
por intensa movimentação ao longo do leito, o que propicia as altas taxas de
transferência de calor e massas nesses sistemas.
Processos
físicos que usam leitos fluidizados incluem secagem, mistura, granulação,
cobertura, aquecimento e resfriamento. Todos estes processos tiram proveito das
excelentes capacidades de mistura do leito fluida. A boa mistura de sólidos
conduz a boa transferência de calor, uniformidade de temperatura e facilidade
de controle do processo.
Entre
os processos químicos que utilizam leitos fluidizado estão: hidrogenação so
etileno, queima do minério de sulfeto, quebra de hibrocarbonetos, anidrido
ftálico acrilonitrila, entre outros.
Figura 2: Sistema de fluidização: a) leito fixo, b) leito
fluidizado.
A diferença é que o leito
fixo é utilizado quando há menores velocidades, assim, os sólidos permanecem no
local enquanto o fluido passa através dos espaços vazios no material. Já no
leito fluidizado, como a velocidade do fluido é aumentada, o reator irá atingir
um estágio onde a força do fluido sobre os sólidos é suficiente grande para
equilibrar o peso do material sólido. Esta etapa é conhecida como fluidização
incipiente e ocorre na velocidade de mínima fluidização.
“Escoamento em Meios
Porosos – Leito Fixo”. Universidade Federal de Santa Catarina, EQA 5313 – Turma
645 – Operações Unitárias de Quantidade de Movimento.
MEDEIROS, Petruccio
Tenório. “Física Industrial II – Apostila Geral”.
Manutenção &
Suprimentos. “Como funciona um reator de leito fluidizado”. Disponível em:
<http://www.cimm.com.br>. Acesso: 18 outubro 2014.
UNICAMP. “Leito
Fluidizado”. Disponível em: <www.fluidizacao.com.br>. Acesso: 18 outubro
2014.
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